quarta-feira, 26 de maio de 2010
Sessão comentada discute Antes Que o Mundo Acabe
Estarão presentes a diretora Ana Luiza Azevedo, os roteiristas Jorge Furtado e Giba Assis Brasil, além da produtora Nora Goulart.
A Sessão Comentada é mais uma ação do Programa de Alfabetização da Secretaria de Cultura de Porto Alegre - formação de professor.
O Cine Santander Cultural fica na Praça da Alfândega, sem número.
Não perca!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Qual é a história de Antes Que O Mundo Acabe?
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O que você achou de Antes Que o Mundo Acabe?
quarta-feira, 19 de maio de 2010
O que você faria Antes Que o Mundo Acabe?
sexta-feira, 14 de maio de 2010
12º Festival do Cinema Brasileiro de Paris
Estreia
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Fotos da Pré-estreia
Mais imagens na nossa página no Facebook. Não deixe de visitar.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Crítica do Filme
"Antes que o Mundo Acabe" é um filme para adolescentes, isso é fato! Mas os adultos devem assistir porque vão se sentir totalmente inseridos, provocados e se você tem filhos, certamente vai ser convidado a refletir.
Assisti ao filme hoje, na Cabine de Imprensa do Cinesystem .
Dirigido por Ana Luiza Azevedo, o filme é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Carneiro da Cunha e conta a história de Daniel (Pedro Tergolina), um menino de 15 anos vivendo conflitos que para ele são insolúveis: vive um triângulo amoroso com o melhor amigo; esse melhor amigo acaba envolvido em um roubo e ele, Daniel, acaba contribuindo prá isso; para completar o pai biológico que ele nunca teve a chance de conhecer resolve fazer contato.
Toda a trama é narrada por sua irmã mais nova, Maria Clara, interpretada por Caroline Guedes que, na minha opinião, rouba a cena no filme. A menina é muito espontânea.
O texto é simples, divertido e navega pelo universo adolescente e todas as suas possibilidades de uma forma eficiente. Desde as dúvidas de amor, a disputa pela menina da escola, até os conflitos existenciais e coloca muito bem as diferenças de geração. Em uma das cenas Daniel chega em casa bêbado, era o primeiro porre.
O Padrasto cuida do filho e chama a atenção. Daniel pergunta "Tu nunca tomou um porre?" O Padrasto mais que rapido diz: "- Na tua idade não" e Daniel Completa "- Na minha idade tu recebias e-mail?" O padrasto fica sem resposta. E esse diálogo sintetiza bem a grande diferença entre adolscentes de 20 anos atrás com os adolescentes de hoje.
Além disso a história ambientada em uma cidade do interior retrata detalhes preciosos da cidadae: o Padre que é diretor da escola, a vizinha que leva os passarinhos para "comer ar", o carteiro que conhece todos pelo nome.
"Antes que o Mundo Acabe" é um filme fácil, tipo sessão da tarde, mas profundo na mensagem.
Vale conferir.
O filme é uma co-produção da Imagem Filmes e da Casa de Cinema de Porto Alegre e acabei de saber que estreia esta sexta feira em Floripa.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
"A Invenção da Adolescência"
A invenção da adolescência
O triunfo espetacular de As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky, no Festival de Recife, lança uma forte luz sobre o que parece ser um novo filão do cinema brasileiro: os filmes de adolescentes. Mais precisamente: filmes sobre adolescentes, ou ambientados entre eles.
Outros dois novíssimos longas-metragens abordam esse universo movediço e fascinante: Sonhos roubados, de Sandra Werneck, atualmente em cartaz, e Antes que o mundo acabe, de Ana Luiza Azevedo, que estreia no próximo dia 14. Curiosamente, os três são dirigidos por mulheres.
Mas de que adolescência se fala nesses filmes?
O ambiente social e geográfico de cada um deles é completamente diferente dos outros. As melhores coisas do mundo se passa entre alunos de uma escola de classe média paulistana; Sonhos roubados, em meio a meninas de uma periferia pobre do Rio; Antes que o mundo acabe, numa cidadezinha do Rio Grande do Sul.
O que é a adolescência?
Cotejar esses três filmes talvez seja interessante para averiguar o que há de substrato comum entre experiências de vida tão diversas nesse período tortuoso de passagem da infância à idade adulta. Em outras palavras: existe uma adolescência, assim em abstrato, para além das situações sociais e históricas concretas? Em que consiste ela?
Já vou avisando que não farei esse cotejo aqui e agora, por falta de espaço e de estofo, e por não ter visto ainda o filme de Sandra Werneck.
Gostei bastante dos dois que vi por considerar que suas diretoras tiveram inteligência e sensibilidade para captar justamente as turbulências emocionais dessa fase da vida (que tem muito de "idade das trevas") conjugando o que há de universal e de particular no comportamento e no imaginário dos personagens retratados.
Os sentimentos de rejeição ou de inadequação, as dificuldades de entendimento com os pais, os amores não correspondidos, a insegurança quanto às próprias potencialidades, a angústia diante do futuro, a necessidade de auto-afirmação... Alguns temas parecem aproximar os dois filmes. Mas cada um deles está atento às referências específicas que conformam a experiência de vida e as expectativas de suas jovens criaturas.
Dos garotos e garotas ultra-urbanos de As melhores coisas do mundo, filhos de intelectuais e profissionais liberais, saturados de informação e de códigos globais de comportamento, aos garotos (e garota) de Antes que o mundo acabe, que têm um modo de vida bucólico, quase rural, e só se comunicam com o resto do planeta por meio da internet, há uma distância enorme.
São como primos distantes, mas em todos eles pulsa aquela energia vital tão intensa que, não raro, faz uma fronteira tênue com a morte. É essa intensidade, essa perigosa aproximação ao coração selvagem da vida, que marca a adolescência, ou pelo menos a imagem da adolescência forjada pelo cinema americano (e pelo rock) desde os anos 50.
Quando ia começar a rodar seu Vidas sem rumo (Outsiders, 1983), Francis Coppola reuniu sua equipe e disse: "Este é um filme sobre o crepúsculo". E explicou: a adolescência é como esse momento em que o sol atinge sua maior beleza - e logo em seguida desaparece. É ao mesmo tempo intensa e fugaz: intensa por ser fugaz, fugaz por ser intensa.
Cada uma à sua maneira, Laís Bodanzky e Ana Luiza Azevedo buscaram captar esse crepúsculo sem perder de vista o skyline específico em que ele se dá: os caóticos prédios paulistanos ou as montanhas gaúchas.
E aqui vai, como aperitivo, o trailer do belo Antes que o mundo acabe. Depois que o filme estrear, volto a falar sobre ele aqui e talvez também na Ilustrada.
Blog do Zé Geraldo Couto
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Trecho - Making Of
Ao longo das semanas, estaremos disponibilizando trechos do Making Of do filme. Confira: